quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Crise no Império Romano.



A partir do momento que a mão de obra escrava foi se tornando cada vez mais escassa e cara, os proprietários de terras começaram a arrendar partes menores de suas terras a trabalhadores livres que são denominados de colonos. Estes eram geralmente ex-escravos, membros da plebe ou camponeses que a partir disso buscavam a proteção dos proprietários de terras além do plantio para sua propria subsistência.


Roma ficou marcada por ser um império de grande extensão territorial e principalmente forte na economia. Porém, quanto mais o tempo passava, mais os romanos queriam mais. E dessa maneira continuaram toda política de expansão territorial e econômica através da obtenção de terras e escravos.
A economia romana até o fim da república contava com um numero exorbitante de escravos, mais de dois milhões. Devido a esses números podemos observar o tamanho desse império.
Os escravos, na maioria das vezes eram “prisioneiros de guerra”, ou seja, toda a população dominada pelo império romano servia como escravo. Dessa maneira podemos ver que o que fazia roma ter escravos eram exatamente as conquistas territoriais.
Ao chegar no século III, toda essa situação de expansão deu uma freada, e isso se deve ao fato de suas dimensões territoriais serem gigantescas, pelo alto custo que envolvia a realização de outras anexações e as constantes invasões exercidas pelas civilizações vizinhas.
Assim, Roma deu uma “pausa” em sua expansão territorial, pois o império já estava muito grande, não havia populações e nem territórios próximos para serem conquistados. Dessa maneira, sem dominação, não havia obtenção de novos escravos, limitando-se apenas a fortalecer as suas fronteiras.
A política romana exercida aos dominados também teve uma grande importância nessa crise, pois com o passar do tempo esses povos conquistados conseguiam alcançar direitos que até então eram reservados apenas para os cidadãos romanos.
Dessa maneira podemos dizer que havia questões externas e internas que ajudaram a promover acrise do escravismo. Externa no sentido de não haver mais territórios proximos para serem conquistados e assim não tendo povos conquistados para serem feitos de escravos, e interna por terem politicas que como passar do tempo passaram a beneficiar os povos conquistados.
O cristianismo também pode servir como uma justificativa para a crise, pois com a disseminação das ideias cristãs muitos dos escravos se convertiam a ele e dessa maneira assimilavam a moral e os valores cristãos que de certo modo batiam de frente com o império romano.

Após o auge vivido nos dois primeiros séculos da Era Cristã, o Império Romano viveu anos de extrema dificuldade. Uma série de fatores reuniu-se para que um dos maiores impérios do mundo Antigo viesse a ruir paulatinamente, podemos apontar a crise do sistema escravista, a estagnação comercial, a diminuição da produção agrícola e a pressão exercida pelos povos germânicos que viviam nas fronteiras do império. 



Durante o auge da economia imperial, a produção de riquezas dependia intimamente do vasto número de escravos. Provenientes das regiões dominadas por Roma, esses escravos eram utilizados nas grandes propriedades responsáveis pelo abastecimento da população romana. No entanto, a falta de escravos (observada a partir do século III) acabou gerando uma recessão econômica sentida pela diminuição da produção agrícola e a diminuição dos impostos arrecadados pelo império. 


Ao atingir os limites máximos de suas conquistas militares, os exércitos romanos não mais conseguiram o mesmo número de escravos outrora observado. Com isso, houve a escassez da mão-de-obra escrava causando o encarecimento dos gêneros alimentícios. Dessa maneira, as grandes propriedades começaram a ser arrendadas, fazendo com que a base da economia agrícola romana centrasse na pequena propriedade. Com pequenas unidades de produção, a utilização de escravos se tornou ainda mais desvantajosa. 

Além disso, outro fator de importância religiosa contribuiu para a crise escravista. A ascensão do ideário cristão fez com que a escravidão fosse vista de forma negativa. Muitos proprietários convertidos ao cristianismo libertaram seus escravos em prova de sua nova fé. Além disso, os próprios escravos atraídos pela palavra cristã negavam-se a privar-se de sua liberdade. Com isso, a economia romana teve que se adaptar a novas formas de trabalho e produção que contornassem a nova situação. 

O sistema de arrendamento promoveu a associação entre escravos, agricultores livres e os antigos grandes proprietários. Nessa nova modalidade, o camponês arrendatário recebia um lote de terras onde poderia produzir seu próprio sustento. Em troca, ele deveria destinar parte de sua produção ao proprietário de terras. Dessa forma, as cidades deixavam de ser o grande centro da economia romana. O processo de ruralização fez com que o extenso sistema de cobrança de impostos e o comércio perdessem o grande papel outrora desempenhado. 

O governo romano não tinha como se sustentar da mesma forma. Com isso, uma série de reformas administrativas foi adotada nessa época. Os contingentes do exército foram reduzidos e muitos dos povos que viviam às margens do império ganharam terras para que evitassem a invasão de outros estrangeiros. Os chamados povos confederados passaram a formar a principal força militar romana. 

A inviabilidade de um vasto império foi marcante durante o reinado de Diocleciano. Em seu governo, o antigo império único foi divido em dois: Império Romano do Oriente e Império Romano do Ocidente. Além disso, a tetrarquia foi instituída, sistema onde um imperador (Augusto) era auxiliado por um imperador menor chamado César. Depois de vinte anos o César ascendia ao cargo de Augusto e nomeava um novo César que deveria seguir a mesma trajetória. 

Com a morte de Diocleciano, os imperadores disputaram o poder entre si. Desses conflitos, Constantino saiu vitorioso e voltou a centralizar o governo nas mãos de um único imperador. Escapando da decadência econômica da cidade de Roma, transferiu o império para a cidade de Constantinopla e buscou apoio político ao oficializar o culto cristão. 


No século IV, o avanço intermitente dos povos germânicos deu sinais da derradeira extinção do Império. Pressionados pelos hunos e à procura de terras mais férteis, os germânicos invadiram as possessões romanas. Somente no século V, com a invasão dos hérulos à cidade de Roma, vemos a derrocada final do Império Romano. A queda do último imperador romano, Rômulo Augústulo, encerrou o antigo Império Romano.
fonte: brasil escola

Breno Gaglian
Gabriela Costa
Milene Marinari

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